Breve descrição: A memecoin LIBRA subiu 4.500% após um post de Javier Milei, mas desabou em poucas horas, levantando suspeitas de fraude.
Memecoin LIBRA dispara após post de Javier Milei
Na noite de sexta-feira (14), a Memecoin LIBRA foi lançada na blockchain Solana e ganhou grande destaque após um post do presidente argentino, Javier Milei, no X (antigo Twitter). O impacto foi imediato: traders correram para adquirir o ativo, elevando sua capitalização de mercado para US$ 4,5 bilhões em questão de horas.
Porém, a euforia durou pouco. O preço da Memecoin LIBRA despencou cerca de 90% após dúvidas sobre sua legitimidade. Milei, ao perceber a polêmica, apagou sua publicação e afirmou que não tinha conhecimento detalhado sobre o projeto.
Desvalorizacão rápida e suspeitas de golpe
A queda abrupta da Memecoin LIBRA levantou suspeitas de um possível esquema de “pump and dump”. O ativo chegou a ser negociado por US$ 4,50 no auge, mas logo caiu para US$ 0,20. Em poucas horas, o volume de negociação atingiu US$ 1,1 bilhão.
Segundo análises on-chain, o token apresentava indícios de manipulação. A Chainalysis apontou um controle significativo de tokens por uma única carteira, um forte indício de fraude. Além disso, o financiamento inicial veio de um serviço de swap instantâneo, o que não é comum em projetos confiáveis.
O caso lembra o token TRUMP
O episódio tem semelhanças com o lançamento do token TRUMP, promovido pelo ex-presidente dos EUA Donald Trump em janeiro. Assim como no caso da Memecoin LIBRA, o ativo teve uma valorização expressiva seguida de questionamentos sobre sua transparência.
A diferença é que, enquanto o token de Trump se mostrou legítimo, a Memecoin LIBRA apresentou sinais claros de um possível golpe. A startup Bubblemaps revelou que os desenvolvedores estavam liquidando ativos rapidamente, tendo já embolsado US$ 87 milhões retirando USDC e SOL dos pools de liquidez.
Javier Milei apaga post e tenta se justificar
Diante da controvérsia, Milei apagou sua publicação e afirmou:
“Não estava ciente dos detalhes do projeto e, após tomar conhecimento, decidi não continuar divulgando-o.”
Contudo, críticos apontam que um presidente não pode promover ativos sem um mínimo de verificação. Parlamentares da oposição chegaram a sugerir um pedido de impeachment, alegando que o escândalo envergonha a Argentina em escala internacional.
Impacto no mercado argentino
A bolsa de valores da Argentina reagiu mal ao escândalo e caiu mais de 5% na segunda-feira (17). Segundo a economista Patricia Krause, a reação dos mercados era esperada, mas ainda é cedo para avaliar se haverá impactos de longo prazo.
O episódio também gerou uma crise dentro do governo argentino. A presidência anunciou uma investigação urgente para apurar se houve conduta imprópria por parte de Milei ou de membros do governo nacional.
Possíveis implicações legais
A situação se agravou com a abertura de uma investigação criminal contra Milei. Advogados e políticos da oposição entraram com a primeira denúncia formal, alegando que o presidente pode ter cometido irregularidades ao promover um criptoativo duvidoso.
Agora, uma força-tarefa foi criada para investigar a Memecoin LIBRA, seus desenvolvedores e possíveis conexões com o governo. O próprio Milei acionou o Gabinete Anticorrupção para avaliar o caso.
Conclusão
O caso da Memecoin LIBRA ilustra os riscos do mercado de criptomoedas e como a influência de figuras públicas pode impactar investidores. O episódio levantou questões sobre transparência, regulação e responsabilidade no setor cripto.
O fato de um presidente promover um ativo sem investigação prévia demonstra a importância da due diligence. No caso da Memecoin LIBRA, traders que entraram na alta viram seus investimentos evaporarem em questão de horas.
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